Tratar com pessoas, não é dar o abraço da apunhalada.


Eu na verdade tinha digitado minha fala e somou três páginas.
Nelas, estava a angustia, a tristeza, a decepção, o inferno de muitas pessoas.
Eu ia falar também da coragem. É, da coragem que um vereador teve.
Ia falar também que a população não precisa dessa coragem, muito menos eu.
Então, pra falar o que eu tinha digitado, eu teria que acreditar nas minhas palavras, e eu já não estava acreditando. Estava amarga, parece que tinha fel.
Quando o homem fala, ele desempenha a luta, une e desune. Eu não queria lutar, muito menos unir e desunir.
E também, eu não ia falar o que eles queriam ouvir. Eu ia falar o que eu queria que eles me ouvissem.
Então, pra que falar?
Eu, por exemplo, não vejo a organização desenvolver pessoas. Não vejo a organização criar líderes. E daí.? O que eu tenho com isso?
Tratar com pessoas, não é dar o abraço da apunhalada.
É preciso oferecer algo de novo e unir-se a ela.
Então, por minha fragilidade, não vou deixar cair as minhas palavras de ouro nos ouvidos de quem não quer ouvir.
Saudações!
Rosangela Arregolão – 14 de maio de 2011. Tribuna da Câmara Municipal de Várzea Paulista. Não realizado, porem publicado.

2 comentários:

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

Rosângela, força e energia: meu carinho e respeito pela sua luta e resistência: dignidade viva com a ternura do abraço da liberdade.
Abraços com carinho, Jorge Bichuetti do Utopia Ativa

Anônimo disse...

Boa Tarde
Companheira acredito que as coisa estão fluindo e percebo que ninguem esta ai preocupado com o projeto Coletivo de uma sociedade mais justa e igualitaria mais sim de um grupo de pessoas que estão olhando um umbingo aonde pode doer e sangrar quando alguem pode chegar proximo deste umbigo então sou solidario a sua lutas e desejo toda conquista e felicidade
ass:Junior