A Folha pediu a quatro mulheres árabes retratassem a situação feminina após as revoltas da Primavera Árabe.
GIHÈN MAHMOUD
A tunisiana Gihèn Mahmoud, 29, desistiu de seu país há alguns anos, por falta de oportunidades profissionais. Mora hoje em Milão, onde trabalha como tradutora.
A autora dos gibis de espionagem "Passion Rouge" ressalta os avanços nos direitos das mulheres na região. "A Tunísia é um dos países árabes mais preparados a respeito dessa questão", diz.
"Abolimos a poligamia há décadas, e as mulheres são protegidas por lei contra a violência física, exemplifica.
A falha na legislação, que ela diz ter "status europeu", é a parte que destina a maior parte da herança a homens.
De resto, há loas para a participação política. Na Tunísia, as mulheres ocupam 23% dos assentos da Câmara dos Deputados. O índice, no Congresso dos EUA, é de 17%.
Gihen Mahmoud/Divulgação