Gleisi diz que escolha de Dilma mostra 'apreço' pelo Legislativo


A petista Gleisi Hoffmann tomou posse nesta quarta-feira como a nova ministra da Casa Civil. Ela entrou no lugar de Antonio Palocci. No discurso de posse, Gleisi afirmou que a sua escolha para o cargo representa "apreço" da presidenta Dilma Rousseff pelo Congresso. "Minha escolha não se deve apenas a minha caminhada política, mas meu trabalho de gestão pública. Ao escolher senadora a presidenta manifesta apreço ao Legislativo. Sou parte da força política do Parlamento."Gleisi voltou a falar que sua gestão na Casa Civil será técnica."Fazer coordenação, gestão dos programas de governo distribuídos por todos os ministérios. É o peso da agenda que mexe diretamente com a vida das pessoas." Mulher do ministro Paulo Bernardo, ela agradeceu o companheiro. "Meu companheiro de caminhada e de vida com quem aprendi que sempre vou acertar decidindo com o coração".
Gleisi disse ainda que pretende manter uma boa relação com aliados. "Estarei sempre à disposição para discutir com todos de acordo com a disponibilidade da presidenta Dilma e do vice [Michel] Temer", disse. Pouco antes, em discurso de despedida no plenário do Senado, Gleisi fez um afago aos aliados, especialmente ao PMDB, e à oposição. Pouco antes de assumir um dos cargos de coordenação política do governo, rejeitou o rótulo de "trator" do Executivo no Senado ao afirmar que espera manter a "convivência respeitosa" com os parlamentares na Casa.
"Me perguntaram o que teria a
dizer sobre a menção, por alguns oposicionistas, de que sou um trator. Sempre me dispus a ouvir e construir consensos. O desfecho da manifestação democrática é a decisão da maioria", afirmou.
Gleisi ainda falou sobre a saída de Palocci. "Para nós, é um momento triste. Sabemos do relatório da procuradoria [Ministério Público Federal] que colocou de forma clara a situação do ministro que não há problema; é uma pena perder o ministro Palocci."


Palocci
Em seu discurso de despedida, Palocci justificou ter deixado o cargo no governo para "preservar o diálogo". "Minhas atividades foram sendo comprometidas pelo ambiente político, se vim para ajudar a promover o diólogo, saio agora para preservá-lo", disse.
Por Folhapress

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