A Mulher e sua Participação Política no Brasil e em Várzea Paulista

Por Rosângela Arregolão

Aos poucos as mulheres foram se inserindo na política e efetivamente das eleições, em 1933 conquistou o direito de ser eleitora e candidata; se infiltrou principalmente nos movimentos sociais, cumprindo com as tarefas doméstica e famíliar, reivindicava interesses próprios ou de caráter geral, sempre procurando superar seu papel que foi reservado pela sociedade patriacal. Ganhando cada vez mas impulso com a participação política nas primeiras décadas do século XX, e com o apoio de entidades femininas, a “Liga pela Emancipação Intelectual da Mulher”; sempre com o objetivo de lutar não apenas pelo direito do voto, mas, por todos os
direitos e sua cidadania, visando conscientizar a mulher sobre sua condição e seus íntegros direitos políticos. Na década de 30, a mulher presente nos principais acontecimentos políticos, participa do “Movimento Constitucionalista de 1932” da Ação Integralista Brasileira (partido político conservador e com característica fascista), da Aliança Nacional Libertadora (frente democrática e antifascista). Logo em 1934 Almerinda Farias Gama participa da bancada classista da Assembléia Constituinte. Em 1942, comemora os 52 anos de voto feminino e com forças políticas democráticas e muita luta contra a ditadura e contra o “Estado Novo”, momento que a forma ativa da mulher presente, luta pela entrada do Brasil na guerra contra o nazi-fascismo, na luta pela a constituinte, pela a liberdade de expressão, pela anistia e a organização, entre outras coisas. Um avanço significativo aconteceu na década de 60, a mulher com forças sócio-políticas, participa ainda mais na vida do País num conjunto de exigências, promovendo inúmeras mudanças democráticas no Brasil. Nessa conjuntura, as conservadoras e aliadas ao imperialismo deram início na campanha de desestabilização política que dividiu e isolou as forças progressistas. Assim, de um lado estava as forças conservadoras com a campanha “Mulher pela Democracia” e do outro, a “União Cívica Feminina” com uma participação impactuante na marchas da Família com Deus pela Liberdade e no epsódios que culminou com o golpe de 1964. Nessa época, com 24 anos de idade, Várzea Paulista teve sua primeira vereadora, Idoroti de Souza, eleita pelo Partido Social Progressista, época que os vereadores não tinham salários, trabalhavam por amor a cidade como poucos. Se fosse assim hoje aqui no município, a prefeitura economizaria milhões, mas teria que extinguir os salários do vice-prefeito e do prefeito também. Várzea Paulista, teria um déficit em sua receita durante os quatro anos de gestão. Já que a função de vereador e prefeito é considerada de “utilidade pública”, e devem  prestar serviços à comunidade e ao município; é que a maioria dessas pessoas, para ajudar, têm outros rendimentos e funções como: professor efetivo do Estado ou universidades, são donos de terras, casas, lojas, fazendas, etc. e não são dedicados ao executivo e ao legislativo. Com esse dinheiro que é do povo, o prefeito de Várzea Paulista poderia recapear ruas de toda a cidade que está um lixo; suprir a falta de medicamentos; oferecer transporte adequado aos pacientes de hemodiálise; transporte gratuitos a estudantes, oferecer subsídio descente aos que trabalham, os funcionários efetivos da prefeitura; enfim... Mais isso, é uma outra história...

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